Recentemente, as castanhas se transformaram em sinônimo de saúde, invadiram academias e estão na bolsa para aquele momento de fome. De fato, as sementes oleaginosas – como nozes, avelã, castanhas-do-Brasil (ou do Pará), amêndoas, macadâmias e outras – fazem bem ao organismo desde que consumidas com moderação, pois além de fontes de vitaminas, minerais, proteínas, carboidratos e compostos antioxidantes, também são muito ricas em lipídios (óleos).
A castanha embalada a vácuo, por exemplo, dura mais. Depois de aberta, guardá-la no armário vai favorecer a oxidação. Caso isso ocorra, ela ficará com odor desagradável e com um gosto um pouco amargo, em função dos produtos de oxidação gerados. Para não ficar rançosa, deve-se guardar num lugar sem ar e frio. Um freezer é o ideal, mas é bom lembrar que as reações de oxidação são minimizadas, elas não desaparecem.
A oxidação não tem sérias implicações para a saúde porque o consumo dessas castanhas é muito baixo e, para ter problemas, a pessoa teria de ingerir grandes quantidades. Como o valor calórico é muito alto, não se consegue consumir demais. Além disso, a intoxicação por produtos oriundos da oxidação é rara porque a maior parte desses compostos emite odores que provocam aversão. O gosto e cheiro são tão ruins que ninguém consegue consumir.
Infelizmente, não há nenhum “truque” a ensinar para a escolha de castanhas – como apalpar, cheirar a casca, jogar para cima ou coisa assim. Mas há dicas que podem ajudar a comprar produtos com boa qualidade.
- A primeira dica é escolher um fornecedor de confiança. Uma marca em que você confia, um comerciante de quem você já compre há muito tempo;
- Se possível, dê preferência às castanhas comercializadas com a casca. Elas estão menos expostas aos ambientes do armazenamento e do ponto de venda;
- Caso queira comprar a castanha sem a casca, opte por embalagens a vácuo. Elas tanto protegem contra a umidade quanto evitam o contato com o oxigênio, retardando a oxidação e também evitando a proliferação de fungos, que são aeróbios;
- Com ou sem casca, se possível, opte por embalagens fechadas;
- Caso queira comprar de um fornecedor a granel, não se acanhe: peça para provar uma castanha da saca. Você não conseguirá saber se ela tem micotoxinas, mas saberá se está rançosa – ou seja, oxidada;
- Ainda no caso do fornecedor a granel, pergunte a procedência do produto. E procure atentar para as condições em que o produto está armazenado (atente, sobretudo, para presença de umidade e exposição à luz);
- Seja embalado ou a granel, não compre caso a casca esteja recoberta com aquela “penugem”, aquele “veludinho” branco ou verde: aquilo é contaminação por fungo;
- Caso esteja em um supermercado, as embalagens devem ter prazo de validade: tanto as que trazem as castanhas na casca quanto as que ofertam as iguarias descascadas. Atente para ele. Na compra a granel, não há como saber a validade, mas alguns especialistas recomendam consumo em, no máximo, seis meses;
- Evite comprar as castanhas moídas ou trituradas, a não ser que vá usar tudo de uma vez (como, por exemplo, em uma receita). Isso porque, nelas, a superfície de exposição ao ar é maior, e isso favorece a oxidação e a absorção de umidade e fungos do ar;
- Caso tenha consumido as castanhas e nozes no Natal e no Ano Novo e não vá usar mais as castanhas tão cedo, congele-as. Você retardará a oxidação e poderá utilizá-las em outro momento. Caso queira seguir consumindo, pode guardá-las na geladeira.
Fonte: Ministério da Saúde
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