Neste caos que anda a vida, uma coisa que tem me deixado feliz é o interesse das pessoas por uma alimentação mais saudável e equilibrada. Não falo sobre a neura de só comer coisas saudáveis, mas o gradativo interesse em alimentos in natura, em comida "de verdade" e menos enlatados, embutidos, pré-prontos e produtos com dezenas de ingredientes desconhecidos.
Eu mesma mudei muito minha forma de consumo depois que resolvi ter uma alimentação mais saudável, nada de dieta ou lacto/glutenfree, mas estou falando de me interessar em mais legumes e frutas, refeições preparadas por mim e não em fast-foods.
O Ministério da Saúde tem vários estudos, apostilas e muito material bacana para ficarmos informados e estudarmos um pouco sobre alimentação e saúde, então fiz um apanhado de 10 dicas bacanas para começarmo a pensar em ter uma alimentação saudável:
1. Fazer de alimentos in natura ou minimamente processados a base da alimentação.
Predominantemente de origem vegetal, alimentos in natura ou minimamente processados são a base ideal para uma alimentação nutricionalmente balanceada, saborosa, e culturalmente apropriada. Variedade significa alimentos de todos os tipos – grãos, raízes, tubérculos, farinhas, legumes, verduras, frutas, castanhas, leite, ovos e carnes – e variedade dentro de cada tipo – feijão, arroz, milho, batata, mandioca, tomate, abóbora, laranja, banana, frango, peixes etc.
2. Utilizar óleos, gorduras, sal e açúcar em pequenas quantidades ao temperar e cozinhar alimentos e ao criar receitas.
Utilizados com moderação, óleos, gorduras, sal e açúcar contribuem para diversificar e tornar mais saborosa a alimentação sem torná-la nutricionalmente desbalanceada. Em excesso, podem ocasionar ou piorar problemas de saúde.
3. Limitar o consumo de alimentos processados.
Os ingredientes e métodos usados na fabricação de alimentos processados – como conservas de legumes, compota de frutas, pães e queijos – alteram de modo desfavorável a composição nutricional dos alimentos dos quais derivam. Em pequenas quantidades, podem ser consumidos como ingredientes de preparações culinárias ou parte de refeições baseadas em alimentos in natura ou minimamente processados.
4. Evitar o consumo de alimentos ultraprocessados.
Devido a seus ingredientes, alimentos ultraprocessados – como biscoitos recheados, “salgadinhos de pacote”, refrigerantes e “macarrão instantâneo” – são nutricionalmente desbalanceados. Por conta de sua formulação, facilidade e preparo e apresentação, tendem a ser consumidos em excesso e a substituir alimentos in natura ou minimamente processados. Suas formas de produção, ingredientes e consumo afetam de modo desfavorável a saúde.
5. Comer com regularidade e atenção, em ambientes apropriados.
Procure fazer suas refeições em horários semelhantes todos os dias e evite “beliscar” nos intervalos entre as refeições. Coma sempre devagar e desfrute o que está comendo, sem se envolver em outra atividade. Procure comer em locais limpos, confortáveis e tranquilos e onde não haja estímulos para o consumo de quantidades ilimitadas de alimento.
6. Fazer compras em locais que ofertem variedades de alimentos in natura.
Procure fazer compras de alimentos em mercados, feiras livres e feiras de produtores e outros locais que comercializam variedades de alimentos in natura ou minimamente processados. Prefira legumes, verduras e frutas da estação. Sempre que possível, adquira alimentos orgânicos e de base agroecológica, de preferência diretamente dos produtores.
7. Desenvolver, exercitar e partilhar habilidades culinárias.
Se você tem habilidades culinárias, procure desenvolvê-las e partilhá-las, principalmente com crianças e jovens. Se você não tem habilidades culinárias – e isso vale para homens e mulheres –, procure adquiri-las. Para isso, converse com as pessoas que sabem cozinhar, peça receitas a familiares, amigos e colegas, leia livros, consulte a internet, eventualmente faça cursos e... comece a cozinhar! Fazer a própria comida é ter a certeza do que se está comendo.
8. Planejar o uso do tempo para dar à alimentação o espaço que ela merece.
Planeje as compras de alimentos, organize a despensa doméstica e defina com antecedência o cardápio da semana. Divida com os membros de sua família a responsabilidade por todas as atividades domésticas relacionadas ao preparo de refeições. Faça da preparação de refeições e do ato de comer momentos privilegiados de convivência e prazer. Reavalie como você tem usado o seu tempo e identifique quais atividades poderiam ceder espaço para a alimentação.
9. Dar preferência, quando fora de casa, a locais que servem refeições feitas a hora ou congelados naturais.
No dia a dia, procure locais que servem refeições feitas na hora e a preço justo. Restaurantes de “comida a quilo” podem ser boas opções, assim como refeitórios que servem “comida caseira” em escolas ou no local de trabalho. Evite redes de fast-food.
Se for adquirir congelados, prefira os naturais, feitos com produtos in natura ou minimamente processados.
10. Ser crítico quanto a informações, orientações e mensagens sobre alimentação veiculadas em propagandas comerciais.
Lembre-se de que a função essencial da publicidade é aumentar a venda de produtos, e não informar ou, menos ainda, educar as pessoas. Avalie com crítica o que você lê, vê e ouve sobre alimentação em propagandas comerciais e estimule outras pessoas, particularmente crianças e jovens, a fazerem o mesmo.